domingo, 17 de junho de 2012

O mercantilismo - 7º ANO


O mercantilismo

Mercantilismo:denomina-se de mercantilismo uma série de medidas de ordem econômica e política com que os reis procuravam aumentar o absolutismo monárquico e promover a prosperidade do Estado: controle estatal, metalismo, manutenção de uma balança comercial favorável e exploração das colônias.(Fonte:História Geral - Diário Oficial do Estado de São Paulo nº 0517/71 de 07.01.1971)

PACTO COLONIAL E MERCANTILISMO
Pacto colonial e princípios mercantilistas

Pacto colonial era o conjunto de medidas adotadas pelos reinos europeus para explorar a América.Era o elemento que definia a política colonial dos Estados Mercantilistas. Olhando pela ótica mercantilista, o principal objetivo do pacto era estabelecer uma balança comercial favorável. Por causa dessa perspectiva mercantilista, entre as metrópoles e as colônias havia uma relação de exclusividade. Nessa relação, a colônia comprava os produtos manufaturados apenas dos comerciantes autorizados pela Coroa e também vendia para eles. Isso garantia que os lucros dos negócios realizados nas colônias fossem para a metrópole, beneficiando-a sempre com uma balança favorável e com o acúmulo de riqueza.

PARA LEMBRAR:
 O termo “Mercantilismo” não é contemporâneo à sua prática, e, apesarè de possuir diversas variantes distintas no tempo e no espaço, existem alguns elementos que são comuns à sua aplicação:

1. Metalismo
 Afirmava que a riqueza de uma nação seria avaliada conforme o acúmulo de metais preciosos (ouro e prata).è

2. Balança comercial favorável
 As exportações do país deveriam ser superiores às importações.è

3. Protecionismo
 Os produtos importados sofriam elevadas taxações, forçando a opçãoè pelo consumo de produtos nacionais, beneficiando a economia interna.

4. Intervencionismo
 Desempenhado pelo Estado, que regula, dirige e encaminha com vistas aoè seu fortalecimento. O intervencionismo estatal na economia refletia a existência de um monarca absolutista no comando político do país.

5. Industrialismo
 Política de fomento e apoio à indústria nacional visando a satisfaçãoè do mercado interno e fornecer manufaturados aos consumidores estrangeiros.

6. Colonialismo
 Trata-se de um elemento fundamental na política mercantilista, uma vezè que, através do monopólio se garantia a exclusividade comercial sobre a produção das colônias. O exclusivo possibilitava grandes lucros ao capital mercantil metropolitano, considerando-se o caráter de complementaridade que a produção colonial assume.

TIPOS DE MERCANTILISMO
Segue a forma / Local Em Que Foi Adotada /e Princípios Básicos
Metabolismo ou Bulionismo
 Do espanhol bulionè
Ouro e prata fundidos em bulhão (barra)
ESPANHA
a) Entesouramento dos metais preciosos da América. Eixo: México, Peru e Bolívia.
b) Não adoção de métodos artificiais para acumulação metálica.
c) Não contribuiu para que ocorressem transformações estruturais na economia.

Industrialismo ou Colbertismo
 Exportação de produtos industrializadosè
Colbert-Ministro das finanças de Luís XIV
FRANÇA, HOLANDA E INGLATERRA(até séc. XVIII).
a) Incentivo à produção manufatureira (sobretudo artigos de luxo).
b) Formação:Companhias de Comércio para explorar potencialidades do comércio colonial.
c) Adoção de uma política demográfica favorável.

Comercialismo
INGLATERRA E PORTUGAL
a) Permissão para a saída de metais preciosos.
b) Grande estímulo à construção naval.

Cameralismo
Alemanha não contava com um Estado Nacional. As cidades de maior expressão comercial se reuniram em uma Câmara para deliberar seus interesses.
ESTADOS ALEMÃES - Alemanha fragmentada em vários condados e cidades independentes.
a) Bastante limitada devido à ausência de unidade política.
b) Preocupação com o protecionismo alfandegário.

Mercantilismo comercial e industrial
HOLANDA (comercial e industrial)
- Holanda “carreteira” do mundo comercial.
- Invejável força naval.
- Dominava o mercado europeu de açúcar. Refinava e distribuía.

ESQUEMA PARA ENTENDER O PACTO COLONIAL ENTRE METRÓPOLE E COLÔNIA

Expansão Marítima e comercial européia

Respostas das atividades

1a) O mapa da Europa é o mais preciso, e também o norte da África e o Oriente Próximo. A Ásia e a maior parte da África são toscamente representados. A América é ignorada.
1b) O mapa inferior mostra os avanços do conhecimento geográfico: os mapas da Europa, África e Ásia já são melhor representados. A América aparece com uma forma que lembra a atual. A Antártida, ainda desconhecida, aparece em tamanho exagerado, e a Austrália era ignorada ainda.

2a)"Não pudemos saber que haja ouro, nem prata".
2b) Ele diz que a costa do Brasil tinha entre 20 a 25 léguas, ou seja, 130 a 150 quilômetros de extensão. A costa brasileira é MUITA vezes maior do que isso.
2c) Principalmente, servir de escala para os navios qua vão para a Índia ("ter aqui esta pousada para esta navegação de Calicute").

3a) "Cristãos e especiarias".
3b) Econômicos: o comércio das especiarias.
Religiosos: difundir o cristianismo pela Ásia.
3c) O comércio de especiarias que levavam até aos portos do Mediterrâneo para comerciar com os italianos.
3d) Até 1492, os árabes ainda ocupavam parte da Espanha. Vasco da Gama chegou à Índia em 1498, apenas seis anos depois.Os árabes sabiam falar espanhol porque tinha vivido na Espanha.





AS GRANDES NAVEGAÇÕES -7º ANO


Grandes Navegações 
Navegações portuguesas, pioneirismo português, Vasco da Gama e a chegada às Índias, instrumentos de navegação, bússola, astrolábio, descobrimentos marítimos, viagem de Cristovão Colombo, viagem de Pedro Álvares Cabral, Escola de Sagres e as Caravelas.
história das grandes navegações - caravela
Caravela Portuguesa da Época das Grandes Navegações
Introdução
Durante os séculos XV e XVI, os europeus, principalmente portugueses e espanhóis, lançaram-se nos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico com dois objetivos principais : descobrir uma nova rota marítima para as Índias e encontrar novas terras. Este período ficou conhecido como a Era das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos.
Os objetivos
No século XV, os países europeus que quisessem comprar especiarias (pimenta, açafrão, gengibre, canela e outros temperos), tinham que recorrer aos comerciantes de Veneza ou Gênova, que possuíam o monopólio destes produtos. Com acesso aos mercados orientais - Índia era o principal - os burgueses italianos cobravam preços exorbitantes pelas especiarias do oriente. O canal de comunicação e transporte de mercadorias vindas do oriente era o Mar Mediterrâneo, dominado pelos italianos. Encontrar um novo caminho para as Índias era uma tarefa difícil, porém muito desejada. Portugal e Espanha desejavam muito ter acesso direto às fontes orientais, para poderem também lucrar com este interessante comércio.
Um outro fator importante, que estimulou as navegações nesta época, era a necessidade dos europeus de conquistarem novas terras. Eles queriam isso para poder obter matérias-primas, metais preciosos e produtos não encontrados na Europa. Até mesmo a Igreja Católica estava interessada neste empreendimento, pois, significaria novos fiéis.
Os reis também estavam interessados, tanto que financiaram grande parte dos empreendimentos marítimos, pois com o aumento do comércio, poderiam também aumentar a arrecadação de impostos para os seus reinos. Mais dinheiro significaria mais poder para os reis absolutistas da época (saiba mais em absolutismo e mercantilismo).
Pioneirismo português
Portugal foi o pioneiro nas navegações dos séculos XV e XVI devido a uma série de condições encontradas neste país ibérico. A grande experiência em navegações, principalmente da pesca de bacalhau, ajudou muito Portugal. As caravelas, principal meio de transporte marítimo e comercial do período, eram desenvolvidas com qualidade superior à de outras nações. Portugal contou com uma quantidade significativa de investimentos de capital vindos da burguesia e também da nobreza, interessadas nos lucros que este negócio poderia gerar. Neste país também houve a preocupação com os estudos náuticos, pois os portugueses chegaram a criar até mesmo uma centro de estudos : A Escola de Sagres.
Planejamento das Navegações
Navegar nos séculos XV e XVI era uma tarefa muito arriscada, principalmente quando se tratava de mares desconhecidos. Era muito comum o medo gerado pela falta de conhecimento e pela imaginação da época. Muitos acreditavam que o mar pudesse ser habitado por monstros, enquanto outros tinham uma visão da terra como algo plano e , portanto, ao navegar para o "fim" a caravela poderia cair num grande abismo.
Dentro deste contexto, planejar a viagem era de extrema importância. Os europeus contavam com alguns instrumentos de navegação como, por exemplo: a bússola, o astrolábio e a balestilha. Estes dois últimos utilizavam a localização dos astros como pontos de referência.
Também era necessário utilizar um meio de transporte rápido e resistente. As caravelas cumpriam tais objetivos, embora ocorressem naufrágios e acidentes. As caravelas eram capazes de transportar grandes quantidades de mercadorias e homens. Numa navegação participavam marinheiros, soldados, padres, ajudantes, médicos e até mesmo um escrivão para anotar tudo o que acontecia durantes as viagens.
Navegações portuguesas e os descobrimentos
No ano de 1498, Portugal realiza uma das mais importantes navegações: é a chegada das caravelas, comandadas por Vasco da Gama às Índias. Navegando ao redor do continente africano, Vasco da Gama chegou à Calicute e pôde desfrutar de todos os benefícios do comércio direto com o oriente. Ao retornar para Portugal, as caravelas portuguesas, carregadas de especiarias, renderam lucros fabulosos aos lusitanos.
Outro importante feito foi a chegada das caravelas de Cabral ao litoral brasileiro, em abril de 1500. Após fazer um reconhecimento da terra "descoberta", Cabral continuou o percurso em direção às Índias.
Em função destes acontecimentos, Portugal tornou-se a principal potência econômica da época.
Navegações Espanholas
A Espanha também se destacou nas conquistas marítimas deste período, tornando-se, ao lado de Portugal, uma grande potência. Enquanto os portugueses navegaram para as Índias contornando a África, os espanhóis optaram por um outro caminho. O genovês Cristovão Colombo, financiado pela Espanha, pretendia chegar às Índias, navegando na direção oeste. Em 1492, as caravelas espanholas partiram rumo ao oriente navegando pelo Oceano Atlântico. Colombo tinha o conhecimento de que nosso planeta era redondo, porém desconhecia a existência do continente americano. Chegou em 12 de outubro de 1492 nas ilhas da América Central, sem saber que tinha atingido um novo continente. Foi somente anos mais tarde que o navegador Américo Vespúcio identificou aquelas terras como sendo um continente ainda não conhecido dos europeus. Em contato com os índios da América ( maias, incas e astecas ), os espanhóis começaram um processo de exploração destes povos, interessados na grande quantidade de ouro. Além de retirar as riquezas dos indígenas americanos, os espanhóis destruíram suas culturas.